sábado, 5 de novembro de 2011

"A gaita afina, é"?

Se sua gaita desafinou, está com volume baixo, algum barulho estranho ou, simplesmente, deixou de funcionar em determinado orifício, não a jogue fora nem se arrisque a desmontá-la se não souber como fazê-lo. Nas mãos de um profissional ou com algumas dicas, sua gaita velha ainda pode se tornar a sua melhor gaita.
Quem nunca ouviu frases do tipo: "Puxa, a gaita afina, é"? Se a "gaitinha" ainda é um instrumento estigmatizado como um brinquedo e a maioria das pessoas surpreendem-se ao ouvir solos de bons gaitistas, um “afinador de gaitas” pode soar como algo bastante exótico. A existência de profissionais como “luthiers” ou “customizadores” de harmônicas causa grande curiosidade nas pessoas.
Abaixo, Junior Blues, um dos mais conhecidos customizadores brasileiros de gaita.


Nos últimos 10 anos, essa profissão têm ganhado novos adeptos e cada vez mais gaitistas ministram workshops sobre o assunto. Há no youtube diversos vídeos abordando o tema que também ganhou espaço no mercado de vídeo aulas brasileiras como esta gravada pelo gaitista de São Paulo Little Will

Little Will - Gaitista profissional lança 1ª vídeo aula brasileira sobre manutenção em gaitas
Visando difundir informações e curiosidades a respeito deste tema, que ainda possui inúmeros tabus, o gaitista Luiz Rocha criou um site simples que visa não somente resgatar a cultura da manutenção e customização de gaitas, mas também divulgar os profissionais da área atuantes no Brasil.
Navegue no site “Gaita Aberta” e confira, entre outras curiosidades, a lista de profissionais cadastrados. Solicite-os um orçamento para a realização de manutenções, customizações, aulas, oficinas ou workshops sobre o assunto e descubra porque é tão importante ter uma gaita customizada.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Projeto Gaitas BR

Nesta quarta 19/10/11 começa o projeto GAITAS BR que reune em sua programação shows e workshops de gaitistas, em sua maioria do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, tais como Benevides Chiréia Jr., Flávio Guimarães, Marcelo Naves, Little Will, Vasco Faé, dentre outros grandes harmonicistas de destaque nacional.

Segundo o portal SESC SP, esta mostra será realizada no SESC Santos/SP e reune um conjunto de atividades que propõem um olhar mais amplo sobre a riqueza deste instrumento e suas possibilidades de aplicações na música popular brasileira e em ritmos como o tango, o jazz e o blues. Vale a pena conferir!

Caso não visualize o flyer abaixo, clique aqui ou navegue no PORTAL SESC SP


sábado, 15 de outubro de 2011

Show inédito em Salvador!

Salvador/Ba recebeu, pela primeira vez, a cantora canadense Dawn Tyler Watson. O show aconteceu no dia 03 de setembro às 22h no The Dubliners Irish Pub, Rio Vermelho. Deu nos jornais, rádio e TV, mas os fãs do gênero que não puderam assistir à brilhante performance da blues woman acompanhada pela banda Água Suja podem conferir algumas fotos do show clicadas por Carlos Delagusta além do link para o site da cantora.

Vencedora de diversos prêmios, dentre eles o Screaming Jay Hawkins Award, para performances ao vivo, e o Prêmio Quebec Blues Lys como melhor cantora por seis anos consecutivos, Dawn se apresentou acompanhada pelo baixista Jerry Marlon, pelo cantor/guitarrista Hélio Rocha e o baterista norte-americano Brian Knave. O Show também contou com a participação especial do gaitista soteropolitano Luiz Rocha.

A banda Água Suja já é conhecida na cidade por idealizar eventos como o Encontro de Blueseiros de Salvador e o Blues Free Salvador.Confira mais fotos deste show no site www.papodegaita.com


domingo, 2 de outubro de 2011

Três gaitistas e uma grande história!


Zona Harmônica - Crédito de Carlos Delagusta

Com a evolução da tecnologia, entre as décadas de 1930 a 1960, o rádio viveu no Brasil sua chamada Era de Ouro, estabelecendo-se como a principal mídia para divulgação de informações e lançando grandes talentos musicais. A partir da década de 1930, quando não existia televisão, e muito menos a internet, surgiram as primeiras rádios nacionais, como a Mayrink Veiga, Jornal do Brasil e a Rádio Tupi. Essas emissoras criaram programas de auditório que se tornaram muito populares e promoviam, regularmente, concursos de gaita patrocinados por fábricas de renome.

Foi assim que grupos de harmônica despontaram nacionalmente, formando no país uma tradição de “gaiteiros”(assim eram chamados na época), duos, trios, quartetos e até orquestras de gaitas de relativo sucesso, com repertórios que apresentavam uma rica e exótica sonoridade. Diversos tipos curiosos de Harmônica eram utilizados. Gaitas compridas, quadradas, côncavas, convexas, variando de três centímetros, como a pequenina “gaita chaveiro”, até um metro, como a espaçosa "Chord Harmonica" (gaita de acordes). Destacavam-se, nesse contexto, a Gaita Baixo e a Gaita Cromática. Esta última, normalmente, se sobressaía como instrumento solista nesses grupos. Entre o casting de gaiteiros, havia nomes como Edu da Gaita, Manoel Xisto (Fred Willians), Zesinho de Lima (Kley Willians), Sigmundo Gargiter, Sydney Barreto, Ilizeu Landi, Leo Barros, Clive Pelbaum, Raymundo Paiva, Clayber de Souza, Omar Izar, Néveo, Maurício Einhorn, dentre outros profissionais que protagonizaram a história da gaita brasileira, ora tocando só, ora formando grupos. Hoje, muitos desses gaiteiros são parte de um patrimônio nacional, em geral, sem registros visuais e áudio-visuais, alguns pouco lembrados, mesmo entre aqueles que tocam o instrumento.

A força desse legado, no entanto, não deve ser subestimada. Mesmo distante no tempo e na memória, os grupos de harmônicas podem exercer, ainda, uma influência marcante naqueles que se dedicam a estudar o instrumento com profundidade como o gaitista Luiz Rocha, nome expressivo entre os gaitistas nacionais. Ministrando aulas de gaita em Salvador/Ba desde 2004, ele conheceu Breno Pádua, uma das primeiras pessoas que estudou com ele, a quem ele ensinou alguns dos princípios básicos da gaita do tipo “diatônica”, comumente utilizada no blues, rock e no country. A amizade entre os dois veio a se estreitar a partir da paixão pela gaita e do convívio na produção dos eventos do Projeto Papo de gaita, idealizado por Luiz. Em um dos eventos realizados, Leo Barros, ex-integrante do único trio baiano de harmônicas, atuante na década de 60, demonstrou para o público uma relíquia daqueles tempos, uma gaita baixo. Isso foi suficiente para aguçar o interesse de Ramon El-Bachá, um assíduo frequentador dos encontros do Papo de Gaita 2010. Ramon envolveu-se tanto que terminou adquirindo a sua própria gaita baixo, passando a estudá-la com afinco.




Empolgados com as possibilidades sonoras deste “contrabaixo de boca” de Ramon, Luiz e Breno o convidaram para um projeto audacioso: a formação de um novo trio de gaitas soteropolitano, o Zona Harmônica. Nessa empreitada, eles já contaram com o suporte rítmico dos percussionista Ricardo Hardmman, Fábio Rigueira, e atualmente esta função está com o baterista Diogo Barreiros. O grupo traz ao público um repertório repleto de temas consagrados dos mais diversos gêneros e ritmos musicais como Summertime (George Gershwin), Smooth (Carlos Santana), O ovo (Hermeto Pascoal), além de algumas composições próprias como Lua Nova e Promenard Solepon, de autoria do trio. Os arranjos inicialmente orquestrados por Luiz Rocha e agora fruto da própria interação do grupo são uma grata surpresa e uma inovação em relação ao formato mais tradicional dos grupos de harmônicas, uma vez que focam 90% de seu repertório na utilização de gaitas do tipo "diatônica". Isso não é muito comum em trios desta natureza. Assim, o Zona Harmônica busca demonstrar que um pequeno instrumento pode realizar grandes execuções musicais.




segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Gaita: da fama à lama

A gaita não é exatamente um instrumento exótico, embora aqueles que toquem gaita, não raro, sejam visto com músicos exóticos. De origem europeia, o instrumento difundiu-se pelo mundo com rapidez graças a seu baixo custo. Entre o início e meados do século XX, ganhou as telas do cinem, da TV e as ondas do rádio. O grupo de gaitas Harmonica Rascals, por exemplo, participou de dezenas de curtas e muitos longa metragens entre as décadas de 1930 e 1940. O anão integrante do grupo, Johnny Puleo, fazia aparições regulares no Ed Sullivan Show, um dos programas de maior audiência nos EUA. O gaitista de blues, Sonny Bow Williamson II, apresentou mais de um programa de rádio entre as décadas de 1940 e 1950, fazendo propaganda de produtos como farinha de trigo e elixir Hadacol. Larry Adler, gaitista virtuoso americano, foi indicado ao oscar de melhor trilha sonora em 1953 e, em certa ocasião, tocou para os presidentes americanos Roosevelt e Truman na Casa Branca.

Mesmo no Brasil, temos registros de concursos e programas de rádio que revelaram grandes talentos. Edu da Gaita, por exemplo, destacou-se pela primeira vez em um concurso de gaita para estudantes colegiais que mobilizou sua cidade, pelotas, na década de 1920. Omar Izar iniciou carreira musical quando ganhou o concurso para gaitista da rádio Record de são Paulo em 1949. Apesar do passado glamuroso, é raro encontrar documentos e registros que remontem a "era de ouro da gaita". Em algum momento, a gaita passou da fama para a lama e suas conquistas ficaram no esquecimento. Nesse sentido, a gaita é sim um instrumento exótico. Creio que nenhum outro tenha obtido tamanha exposição nos meios de comunicação para em seguida cair no ostracismo.

Vejam a seguir, alguns videos da "era de ouro" que nunca vivemos... Mas, temos saudades.

Borra Minevitch & Harmonica Rascals no filme "One in a million" de 1937.

Larry Adler interpreta Night and day/hold that tiger em um filme não identificado (?!).

Maysa e o gaitista Rildo Hora interpretam "último desejo" de Noel Rosa na TV Globo.

Texto: Breno Pádua

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A cena da gaita soteropolitana

Nos dias 21/05 e 03/06 o Papo de Gaita realizou dois Workshows no charmoso Teatro Eva Herz da Livraria Cultura no Salvador Shopping. Nessa postagem com fotos de Breno Pádua, Chris Sodré e Andrea Gouveia, trazemos em primeira mão a resenha sobre essa temporada que mostra a crescente cena da Gaita na cidade.

Da esquerda para direita Breno: Pádua, Aldir Floquet, Luiz Rocha, Ramon El-Bachá e Everton Vianna

Início de show, público se acomodando nas poltronas
Os Workshows foram ministrados pelo gaitista Luiz Rocha, músico que, desde 2009, vem reunindo uma turma de amantes da harmônica de boca residentes na capital baiana e Região Metropolitana.
Luiz Rocha entusiasma com sua técnica percussiva...




Da esquerda para direita: Ramon El-Bachá, Diego Orrico, Luiz Rocha, Sergio Magarão, Breno Pádua e Tontom





Entre diversas atividades, houve curiosidades tais como mostra de vídeo e áudios comentadas por quem entende do assunto.
O público acompanha atento

No telão o vídeo da temporada 2010 do Papo de gaita


Luiz apresentou trechos de aúdio com solos de gaita em canções memoráveis de pop stars como Bob Dylan, John Lennon, Alanis Morissette, Shakira e Mick Jagger, que contribuíram na difusão do instrumento. Para acentuar certo contraste, esses trechos de músicas foram seguidos de gravações de gaitistas virtuosos normalmente desconhecidos. Nomes como Peter Madcat, J.J. Milteau, Mark Ford, Bredan Power, Sugar Blue, fizeram o público refletir sobre as possibilidades sonoras da harmônica, ainda ignoradas pela maioria, acostumada a ouvir a gaita tocada “nos lábios da fama


Também aconteceram demonstrações de técnicas e apresentações musicais de duos e trios de gaitas. Os eventos contaram com participações de gaitistas em diversos níveis, desde iniciantes, intermediários e experientes, que tocaram ora ao som de playbacks disponíveis, ora acompanhados por outros músicos ao vivo. Sergio Magarão e Antônio Luiz representaram bem a gaita diatônica de Lauro de Freitas/Ba e Diego Orrico tocou seu Jump Blues com gaita plugada em microfone vintage e amplificador valvulado.

Sergio Magarão (no centro) e Tontom (à direita)

Diego Orrico e Luiz Rocha quebrando tudo!!!

Sucesso na canja do gaitista Aldir Floquet, que mesmo sem ensaiar e sendo apresentado ao guitarrista no momento que subiu ao palco, improvisou e demonstrou de forma natural e brilhante a utilização da gaita cromática no blues.


Aldir no centro, detonando com sua cromática.

O gaitista Breno Pádua conquistou a simpatia do público com suas composições instrumentais “Juanito Vai à Praia” e “Country Irlandês”, esta última em um duo de gaitas com Luiz Rocha (projeto iniciado em Março deste ano).

Houve a presença ilustre do veterano gaitista Leo Barros, ex-integrante do único trio baiano de harmônicas que se tem notícia na década de 60. Após anos sem tocar, Leo voltou a fazê-lo depois de se empolgar com os encontros periódicos realizados pelo projeto Papo de Gaita.

Leo Barros tocando gaita cromática
Destaque, também, para Ramon El-Bachá, admirador da gaita e freqüentador assíduo do projeto. A partir de sua vivência no Papo de Gaita, Ramon pôde ouvir Leo Barros tocando uma "gaita baixo" e resolveu adquirir a sua própria. O nome do instrumento sugere sua função de acompanhamento.

Da esquerda para a direita: Breno Pádua, Luiz Rocha e Ramon El-Bachá

Ramon estreiou a sua "gaita baixo" em memorável participação nos Workshows, integrando o mais novo grupo de gaitistas da cidade – Zona Harmônica – lançado durante o evento. Ele tocou linhas de baixo em músicas como “Pacatatutapir”, instrumental composta por ele e Luiz Rocha dois dias antes da primeira apresentação. No grupo, o jovem talentoso Everton Vianna na guitarra, Luiz e Breno nas gaitas diatônicas e o próprio Ramon El-Bachá na Gaita Baixo, todos colaboradores do Projeto Papo de Gaita, rede social que congrega fãs da Harmônica de Boca e utiliza diversos meios para promover a troca de informações e o fomento à cultura do instrumento em Salvador/Ba e região metropolitana.


Grupo Zona Harmônica acompanhado pelo guitarrista Everton Viannna

Texto: Luiz Rocha e Breno Pádua
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terça-feira, 31 de maio de 2011

Vídeo oficial do encontro de 2010

 
Confira o vídeo oficial do encontro Papo de Gaita 2010 realizado em Salvador/Ba na Casa da Música de Itapuã, no Abaeté. O curta de 5 min contém cenas dos quatro encontros (um por mês) realizados no local. Filmagens de Alexandre Guimarães e edição da 3 Baías Filmes. Após assistir, sugerimos que deixe seu comentário!


Clique nos links abaixo para acessar as respectivas fotos Todas com crédito de Breno Pádua e Vinícius Lago.  

10/04     08/05    12/06    10/07

Caso tenha problemas, confira em “Fotos” na barra lateral direita do site www.papodegaita.com

 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A cena da gaita chega a teatros de Salvador!!!

Como prometido, trouxemos uma resenha sobre o Workshow de Gaita realizado no dia 21/05 no Teatro Eva Herz da Livraria Cultura (Salvador Shopping). A postagem está recheada de fotos instigantes clicadas por Breno Pádua e Chris Sodré.


Aqui pode-se ter uma idéia da estrutura do teatro, com capacidade para 204 lugares. A foto acima foi batida do palco, ambas, no momento da passagem de som.


Abaixo uma foto clicada minutos após a liberação do local para o público, que após 1h de evento, atingiu uma faixa de aproximadamente 150 pessoas.




Nesse primeiro evento, o gaitista idealizador do Papo de Gaita chamou a atenção da plateia para a inserção da harmônica em gêneros musicais distintos, demonstrando pequenos trechos de canções memoráveis de Bob Dylan, Neil Young, John Lennon, Bruce Springsteen, Alanis Morissette, Shakira, Mick Jagger, dentre outros pop stars que contribuíram para a difusão do instrumento. Luiz Rocha mostrou, logo em seguida, trechos de gravações de gigantes da gaita - instrumentistas virtuosos - em geral, desconhecidos pela maioria, tais como Thierry Crommen, Sugar Blue, J.J. Milteau, Peter Madcat, Carlos Del Junco, Mark Ford, dentre outros, convidando as pessoas a refletirem no quanto as possibilidades sonoras do instrumento ainda permanecem desconhecidas por quem está acostumado a ouvir a gaita tocada apenas pelos “lábios da fama”.

Acompanhado por playback, o músico plugou sua gaita em microfone vintage e amplificador valvulado para demonstrar diferenças de timbres e algumas das técnicas mais utilizadas por gaitistas profissioniais como ele. Para diversificar ainda mais, ele interpretou (gaita e voz) em clássicos que ninguém esperava, como Stand By Me (Ben E. King), Blue Suede Shoes (imortalizada por Elvis) e até Yestarday (Beatles). Na canção autoral “Até ontem” presente em seu primeiro Álbum “Pise Fundo”, que se encontra à venda na Livraria Cultura, Luiz mostrou um show de técnica...



Houve espaço para a turma que está começando, como Sergio Magarão, Antônio Luiz e Ramon El-Bachá com sua curiosa “gaita baixo” – o próprio nome sugere sua função.

O gaitista Sergio Magarão (Lauro de Freitas/Ba)
O gaitista Antônio Luiz, o famoso "Tontom" (Lauro de Freitas/Ba)
Ramon El-Bachá, um apaixonado pelo instrumento (Salvador/Ba)
É interessante citar a história de Ramon. Admirador do instrumento, ele passou a frequantar os encontros do Papo de Gaita na Casa da Música de Itapuã em 2010 e, em uma das diversas demonstrações que lá foram feitas, conheceu a curiosa gaita baixo que chamou tanto a sua atenção que o fez aproveitar uma viagem à China para comprar uma harmônica semelhante.
Houve ainda participações de gaitistas mais experientes e atuantes na cena soteropolitana, tais como Breno Pádua, que apresentou duas autorais instrumentais – “Juanito Vai à Praia” e “Country Irlandes” – além de, juntamente com Luiz e Ramon, improvisar um trio de gaitas inédito em Salvador, com duas gaitas diatônicas e uma gaita baixo...(quem sabe isso pode ser levado adiante...)


Breno Pádua, Luiz Rocha e Ramon El-Bachá
...o gaitista Diego Orrico comentou sobre suas influências do Jump Blues, demonstrando trechos de canções de gaitistas como Kim Wilson. Ele também tocou acompanhado por seus “playbacks mágicos".

O gaitista Diego Orrico (Salvador/Ba)

e a surpresa da noite, o veterano Leo Barros, ex-integrante do único trio baiano de harmônicas que foi sucesso na década de 60. Após anos sem tocar, em 2009, Leo se contagiou pela energia do projeto Papo de Gaita que lhe incentivou a dar vida novamente à sua gaita cromática. Participando dos eventos de 2010 e agora em 2011, ele sempre arranca os aplausos mais calorosos da noite!

O gaitista Leo Barros (Salvador/Ba)


Enfim, uma super Jam de encerramento com um slow Blues com tempo para todos deixarem a sua marca...




E assim cresce uma cena harmônica na cidade do acarajé e, mantendo essa energia, quem sabe, daqui a 4 anos poderíamos ter nosso próprio festival de harmônicas, convidando até gaitistas de outros estados...



Desde já, lembramos que o próximo evento será no mesmo local, dia 03/06, Sexta às 18h, gratuito. Seja um colaborador do Papo de Gaita, independente de possuir grande experiência ou não com o instrumento. Se você gosta de gaita faça parte dessa turma você também!
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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Resenha - James Cotton em Buenos Aires



Sergio Magarão - Crédito de Breno Pádua

Palavras de Sergio Magarão à convite e postadas por Luiz Rocha.

Improvisação... Nada programado... Um simples e-mail mudou meu trajeto em novembro de 2009.

Um amigo que mora em Buenos Aires me mandou um e-mail no dia 10 de novembro de 2009 com o release do Teatro Rex: "Show de James Cotton dia 24 de novembro de 2009". Pensei e respondi na mesma hora “estou indo dia 20” (hahahaha). Tudo muito “em cima da hora", porém, fácil de resolver...inacreditável...comprei passagem aérea, ingresso, malas, etc. pronto para viajar em 2 dias. Com toda certeza tudo conspirava para que eu fosse ver o GRANDE gaitista "James Cotton".

Vídeo de James Cotton em Buenos Aires postado por um fã no youtube

 
Chegando em "Bons Ares"...heineken(s), carnes, mulheres e outras coisas a parte, isso é outra "estória"...dia 24, por volta das 20:00hs, eu estava lá no tal Teatro REX muito ansioso e com minha harmônica no bolso, não vendo a hora de liberarem a entrada.

 Arquivos pessoais de Sergio Magarão
 
20:30hs...portas abrindo, um "alvoroço"...os argentinos gostam do blues e principalmente de "James". 21:00hs...entra a banda. Meu irmão...que “puta som"...blues puro da mais alta qualidade...coisa que não se houve no Brasil...sinto muito quem quiser pensar diferente...o samba está para o Brasil assim como o blues está para os EUA. Mas cadê "James"?...primeira música, segunda, terceira, quarta...só depois da sexta música "James" entrou no palco para alívio e vibração de todos...e que vibração...James Cotton está com 75 anos e muito pesado...gordo mesmo...entrou no palco com ajuda de uma pessoa.

 James Cotton - Crédito de Sergio Magarão

Então ele “só” faz aproximadamente 1 hora e meia de show. O cara ainda manda muito bem mesmo!!! Quando levou a gaita até a boca e saiu aquele som característico do James de "tongue block" foi um delírio total...arrancando aplausos de toda a platéia que estava em pé.

  James Cotton - Crédito de Sergio Magarão

Vibração até o final, um monte de fotos ruins...proibido usar "flash"...câmera digital amadora...operador ruim...hahahaha...mas valeu...após o show cerveja até de manhã para poder depurar o som de "JAMES COTTON"!!! Saudades....


James Cotton na Argentina



E pra quem não conhece o James Cotton e sua história, fica a dica de sua biografia:



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sábado, 14 de maio de 2011

Partes da gaita e como elas são fabricadas


Para aqueles que tem curiosidade em saber como é o processo de fabricação de uma gaita, segue, nesta postagem, alguns vídeos super interessantes sobre o assunto.





A gaita é basicamente composta de uma peça central chamada “corpo” ou “pente”, que pode ser de madeira, metal, acrílico, plástico etc. Há gaitistas que acreditam que o material utilizado no corpo influencia no som final, já outros que acham irrelevante. 


Este corpo é envolvido por duas placas de metal, tipo um "sandwish" chamadas de “placas de vozes”, que são compostas por diferentes tipos de metal, a depender da marca e modelo da gaita.




As placas de vozes apresentam frestas no tamanho exato das “palhetas”, que são finas lâminas de metal retangulares e de diferentes tamanhos fixadas nesta mesma placa. Estas vibram ao entrar em contato com uma coluna de ar, produzindo o som. 



As palhetas são extremamente frágeis. Por isso deve-se tomar bastante cuidado ao abrir a harmônica e evitar fazê-lo caso não esteja apto para tal. Quando se abre o instrumento, visualizam-se dois lados, onde, em um deles, é possível enxergar um grupo de dez palhetas com a base em forma de “escada”. Essas palhetas são responsáveis pelas notas aspiradas da harmônica, enquanto as demais (não visíveis) pelas sopradas. Assista o vídeo abaixo faça a associação com os nomes escritos! 

1 - Placa de cobertura superior;
2 - Parafusos internos;
3 - Placa de cobertura inferior;
4 - Placa de vozes inferior;
5 - Palhetas (responsáveis pelas notas aspiradas);
6 - Placa de vozes inferior;
7 - Pente ou corpo;
8 - Palhetas (responsáveis pelas notas sopradas);
9 - Placa de vozes superior.